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13/11/2012

Guifões. Matosinhos - 10 freguesias. 10 visitas


No dia 4 de novembro ocorreu mais uma visita orientada pelo historiador e arqueólogo, Joel Cleto, inserida no ciclo de visitas “Matosinhos. 10 Freguesias. 10 visitas”.
 
 
Desta vez a visita foi feita a Guifões, freguesia localizada na margem sul do Rio Leça, conhecida pela sua pedra granítica, rica em património histórico e arqueológico. O seu orago é São Martinho o que só por si, indicia a antiguidade desta terra.

Enquanto esperava pelo início da visita, com ponto de encontro marcado para o C. Cívico de Guifões, fui fotografando o centro da freguesia
 
 
 
 

Pelourinho evocativo das seguintes datas: 1143 - Marco da Independência de Portugal;
1258 – Inquirições de Afonso III; 1640 – Marco da Restauração de Portugal; e finalmente 1940 - data do início de construção deste monumento que pretende lembrar às gerações futuras estas importantes datas da História de Portugal. Por trás deste Pelourinho ergue-se o novo e moderno edifício da Junta desta Freguesia.
 

A Igreja de Guifões, construída em 1699
 

 
O Pároco de Guifões entre 1900 e 1935, foi também Presidente da Câmara de Matosinhos. Padre Manaça, Joaquim Pereira dos Santos, natural de Santa Cruz do Bispo, e que muito do seu tempo dedicou aos melhoramentos da freguesia.
 
 
(*)textos transcritos parcialmente ou elaborados com recurso a informação dos sites da Junta de freguesia de Guifões e do site da C. M. Matosinhos

Guifões - ponto de encontro no Centro Cívico


José Passos

 
Manuel Passos

Guifões foi berço de duas importantes figuras históricas, os irmãos liberais José e Manuel Passos, ambos deputados e ministros do Reino, sendo o último, autor do primeiro Código Administrativo Português.
Manuel Silva Passos - Deputado e Ministro do Reino - da primeira metade do século XIX. Em 31 de Dezembro de 1836 promulgou um novo Código Administrativo, no qual também colaborou seu irmão José da Silva Passos. Deve-se também a Passos Manuel a fundação da Academia de Belas Artes, lançando assim as bases do actual sistema de ensino a fundação, em Janeiro de 1837, da Academia Politécnica do Porto em substituição da antiga Academia Real de Marinha.
Criou o Conservatório das Artes e Ofícios de Lisboa, e também criado no Porto o Conservatório Portuense de Artes e Ofícios. Foi o embrião do ensino técnico em Portugal.
 

No Centro Cívico de Guifões, fomos recebidos pelo Presidente da Junta de Freguesia e pelo vereador da cultura da C. M. de Matosinhos, que nos acompanharam na visita e fizeram uma introdução ao que iriamos ver, com especial enfase para a vida e obra dos irmãos Passos.


(*)textos transcritos parcialmente ou elaborados com recurso a informação dos sites da Junta de freguesia de Guifões e do site da C. M. Matosinhos

12/11/2012

Guifões - aqui viveram os irmãos Passos








A casa número 68 da Rua do Monte de Xisto não é uma casa qualquer.
Foi nela que, em 1800 e 1802, nasceram os irmãos Passos: Manuel e José Passos, que se revelaram como dois destacados políticos liberais.
Descendentes de duas famílias de lavradores, nasceram na Casa De Guifões, antiga casa solarenga da vestuta Quinta de Guifões.
 
Esta visita so foi possível graças à generosidade do proprietário da casa, uma vez que esta é atualmente propriedade privada.
(*) textos transcritos parcialmente ou elaborados com recurso a informação dos sites da Junta de freguesia de Guifões e do site da C. M. Matosinhos

Guifões - outras paragens

Ao longo desta visita o historiador foi fazendo diversas paragens. Parámos por ex no largo da mámoa, onde no lugar do atual prédio, tinha funcionado outrora uma unidade industrial que pertencia a Joaquim Neves dos Santos. Industrial, arqueólogo e etnógrafo, que dedicou grande parte da sua vida a estudar o Castro de Guifões

Na sequência das intervenções arqueológicas que realizou no castro de Guifões durante os anos 60, Joaquim Neves dos Santos recolheu um vasto e significativo espólio. Fundamental para a compreensão desta estação arqueológica e para o conhecimento do passado mais remoto de Matosinhos, apesar de se encontrar descontextualizado, aquele acervo foi então recolhido em sua casa para estudo.
 
 
(Nesta imagem temos um Guifonense muito atento)
 

 
 

 
 Joel Cleto foi chamando à atenção dos muros ao longo da rua ou não fosse a freguesia conhecida pela sua riqueza granítica e “pelos” montantes, aqueles que desmontavam a pedra.
 
 

 
Outra paragem foi em frente ao cruzeiro onde o historiador deu a palavra ao Presidente da Junta sobre a sua origem
 
 

Paramos também junto ao pavilhão desportivo Engº Antonio Maia, antigo desportista guifonense que doou os terrenos para que ali fosse construído o pavilhão onde joga atualmente o Guifões Sport Clube.

Guifões - Rio Leça




 
 
Curso de água que nasce no concelho de Santo Tirso, e que, no seu percurso até aqui, à foz, no porto de Leixões, em Matosinhos, percorre cerca de 47 Km ao longo de 4 concelhos (Santo Tirso, Valongo, Maia e Matosinhos).
Aqui encontrava-se a Ponte de Guifões que infelizmente ruiu em 1979, era de três arcos e teria sido construída no Período da Ocupação Romana. Este rio começa paulatinamente a recuperar da poluição a que tem sido sujeito nas últimas décadas devido a descargas directas de diversas unidades industriais localizadas junto ao rio. Prova disso é que a vida animal começa agora a regressar.
 
PS: não fez parte da visita mas é digna de nota, outra ponte, essa em perfeito estado, que liga as freguesias de Santa Cruz do Bispo e de Guifões, já mencionada na visita a Santa Cruz do Bispo.
 


Guifões - campo de tiro



Mesmo antes de chegarmos ao Castro de Guifões, nova paragem do historiador para referir a existência do campo de tiro ali perto, criado em 1970 mas fundado em 1902. Na imagem podem ver-se vestígios de "pratos" que o historiador recolheu do solo. Uma parte dos vestígios deste castro foi destruída para a construção deste campo de tiro...
 
Em 1948 foram publicados os Estatutos e edificada uma nova e rudimentar sede social, situada, até 1954, nas marinas da margem direita do rio Leça, onde funcionava um campo de tiro para treinos e torneio de tiro.
A necessidade de ampliação do Porto de Leixões e a Construção da Denominada Doca Número Dois, implicou a demolição das referidas instalações, reconstruídas no Lugar de Monte Castêlo, freguesia de Guifões, Concelho de Matosinhos, a partir de 1968. Em 1970 foi inaugurado no referido local o stand de tiro denominado "Jorge Maia", com instalações sociais e desportivas funcionais, sendo certo que, a partir dessa data, o património do Clube tem vindo a ser regular e progressivamente valorizado.
 
(*) fonte : site do clube de caçadores de Matosinhos

Guifões - o castro

Antes de subirmos em direção ao castro, o historiador/arqueólogo faz mais uma pausa para falar ao grupo sobre os povos que aqui habitaram e a importância estratética do rio Leça ali ao lado




 
A Sudoeste da freguesia, no Monte Castelo, encontra-se o chamado Castro de Guifões, desde sempre conhecido pelas populações locais, já que até à Alta Idade Média foi habitado e as suas muralhas, principalmente as duas do período Proto-histórico sempre se evidenciaram por entre a vegetação.

Este Castro, como é habitual no Norte do nosso país, tem as suas origens no Neolítico.
Na zona, encontraram-se monumentos megalíticos assim como restos de cozinha e machados de pedra, o que vem reforçar a ideia dos que defendem a existência de população desde o Paleolítico.

Aqui se podem ver três tipos de habitações, distintas tanto na forma como nos respectivos períodos culturais a que pertencem. As primeiras, dentro das muralhas que rodeiam o cume do monte, de tipo redondo, e as mais primitivas de todas; seguiam-se as de transição, arredondadas, ainda, na parte traseira, mas já com estrutura rectangular e, finalmente, as habitações rectangulares, já dispostas em grupos.
 
 
(*) textos transcritos parcialmente ou elaborados com recurso a informação dos sites da Junta de freguesia de Guifões e do site da C. M. Matosinhos
 

Guifões - cores do outono


 
Finda a 3ª visita a uma das 10 freguesias de Matosinhos e ja a sair de Guifões, passei naquela que deverá ser uma das ruas mais bonitas da fregusia nesta época de Outono.