26/06/2012

XXIX regata de barcos rabelo no rio Douro


Anualmente, no dia 24 de Junho, o Rio Douro é palco de uma fantástica regata de barcos rabelo. O inicio da regata, organizada pela Confraria do Vinho do Porto, tem lugar no cabedelo (foz) e termina junto à Ponte Luís I. Noutros tempos, estes mesmos barcos faziam o transporte das pipas, Douro abaixo, desde as quintas produtoras do vinho até às caves na margem do lado de Vila Nova de Gaia, para depois serem exportadas para o mundo. A regata celebra essas viagens e anima o feriado de São João dos últimos anos.



 
Esta regata em particular, terminou um pouco antes da meta, uma vez que 2 dos barcos que vinham a disputar os primeiros lugares se tocaram, obrigando todos os outros a baixar as velas para abrandarem mas tal não estragou de todo a animação e, pelo menos no sitio onde eu estava a fotografar, foram recebidos com muitas palmas e risos!

No final da regata...



No final da regata os barcos começaram a acostar na margem sul do Douro

Enquanto esperava pela regata...




enquanto esperava  que se avistassem os barcos rabelo vindos do Cabedelo...
fui fotografando

25/06/2012

No parque...em familia

os gansos do Egito exibem os filhotes num passeio pelo Parque da Cidade

19/06/2012

Flor branca

a simplicidade de uma for branca 

18/06/2012

14/06/2012

13/06/2012

Olhar mais além



Hoje é dia de contemplar, subir mais alto, ver mais além...

09/06/2012

Feira do Livro do Porto 2012


Dizem que Feira do Livro do Porto sem chuva, nao é Feira mas hoje a "tradição" não deu tréguas toda a santa tarde!!

05/06/2012

Visita guiada, pelo historiador Joel Cleto, em Matosinhos


Este foi o ponto de encontro, no topo norte da Praia de Matosinhos, para o que viria a ser uma fantástica visita guiada, pelo historiador Joel Cleto por ruas de Matosinhos.
O historiador começa por explicar a lenda de Cayo Carpo ligada ao aparecimento do nome de Matosinhos. A visita fez-se a pé, ao longo de 2,5h por ruas e monumentos de Matosinhos e foi deveras interessante.

Zimbório Senhor do Padrão


Joel Cleto prossegue a visita guiada até ao zimbório do Senhor do Padrão, explicando a sua origem e a pequena edificação lateral, assinalando uma fonte de água doce





O historiador referiu que este Zimbório ficava no meio da praia como fica ainda hoje o Sr da Pedra em V.N.Gaia, destacando-se muito mais na paisagem do que nos dias de hoje.

O impacto da construçao do Porto de Leixões


Paragem para referir o corte abrupto das ruas por causa da construção do porto de leixões. Joel Cleto refere que Matosinhos era uma área de salinas e tinha um importante estaleiro naval muito antes de se tornar o maior porto de pesca do mundo.
A visita prossegue em direcção ao mercado de Matosinhos, projectado por jovens arquitectos da empresa “ARS arquitectos” em 1936 e que ficaria pronta em 1946. Esta obra sofreu diversas alterações e atrasos devido à falta de ferro que estava a ser utilizado na II guerra mundial e passou a utilizar betão.
Aliás, na sequência da construção do Mercado de Matosinhos, os mesmos arquitectos foram convidados a projectar em 1949 o mercado do Bom Sucesso que viria a ser inaugurado 2 anos mais tarde.
Em Julho de 1884, tinham início as obras de construção do Porto de Leixões. Durante as décadas seguintes acabaram por fazer desaparecer a foz e o estuário do rio Leça e provocar profundas transformações nas zonas ribeirinhas de Matosinhos e Leça da Palmeira.
Desapareciam assim, para sempre, quarteirões inteiros, casas, jardins e praças públicas, um antigo mercado, estátuas, capelas, cinco pontes, lavadouros públicos, praias fluviais, etc.





Uma dessas capelas, a de São Roque encontra-se actualmente no cemitério de Sendim. Já a Capela de Santo Amaro, desconstruída em 1947, viu as suas pedras serem cuidadosamente numeradas e guardadas ate 2009, ano da reconstrução da sua fachada que se encontra agora uns metros mais acima do actual mercado de Matosinhos.  »mais fotografias desta Capela no post mais antigo deste blog

Largo Cartelas Vieira com Joel Cleto






Nova paragem do historiador na Casa do Ribeirinho, pertencente à família Brito e Cunha. Conta-nos o nosso eloquente guia que em 1920 a familia ainda explorava as salinas. Bernardo Brito e Cunha viria aliás a tornar-se num dos doze liberais executados, por enforcamento, numa praça do Porto, por ordem do regime Miguelista. O local da execução passou a ser conhecido como Praça dos Mártires da Liberdade e ainda hoje a estátua que la se encontra assinala em 2 placas os nomes dessas pessoas.
Estas fotos no entanto, dizem respeito apenas ao Largo Cartelas Vieira, situado um pouco mais acima da Casa do Ribeirinho, um dos locais mais antigos de Matosinhos mas bem cuidado. Podemos também ter a percepção dos inúmeros acompanhantes nesta visita.

04/06/2012

Museu da Misericórdia de Matosinhos







A visita com Joel Cleto passou ainda pelo museu da Mesericordia de Matosinhos, onde no piso superior, se podem ver imensas pinturas de beneméritos da terra como este casal de Perafita que doava a sua melhor produção para ser leiloada anualmente.
*odemos ainda ver os inúmeros ex-votos dos séculos XVIII e XIX, oferta de devotos do Senhor de Matosinhos, como agradecimento de graças concedidas ou curas.São dignos de nota ainda os riquíssimos paramentos bordados a ouro, as pratas etc...
A visita a este museu foi rápida mas serviu para despertar a curiosidade para uma vista mais demorada...

Final da 1º visita com Joel Cleto por freguesias de Matosinhos


Ainda dentro da igreja matriz, Joel Cleto fala-nos da imagem do Senhor de Matosinhos, da lenda que lhe deu origem, chamando-nos à atenção para a figura de Nicodemos, que, segundo consta, teria passado os últimos tempos com Cristo, tendo ficado com o seu sudário e a partir da imagem visível no mesmo, terá esculpido 5 imagens, tendo preferido deita-las ao mar quando foi perseguido do que vê-las destruídas. Uma delas, a mais perfeita, terá vindo dar à praia de Matosinhos. O historiador refere evidências da antiguidade desta imagem, do período românico, (imagem de um Senhor que vence a morte e que por isso não aparece flagelado e prostrado na cruz, que foi cruxificado com 4 cravos e não os habituais 3 das imagens mais recentes - os pés estão separados e não juntos pelo mesmo cravo).
Alerta-nos ainda para a imagem de São Salvador, padroeiro de Matosinhos, que se encontra bem no alto da igreja e para a presença da figura de um anjo talhada no altar mor que se destaca pela sua cor mais escura, explicando que antes da limpeza e restauração, era assim que se encontrava toda a zona do altar.

A visita terminou pouco depois, numa das capelas dos passos da Paixão, que se encontra do lado direito para quem está de frente para a Igreja, e representa a flagelação de Cristo onde o historiador nos explica a crendice dos atados.

Foi uma visita deveras interessante por ruas que conheço de toda a vida mas sobre as quais ganhei uma nova perspectiva graças ao Historiador Joel Cleto.

Esta foi apenas a 1ª de 10 visitas guiadas pelo historiador, pelas freguesias de Matosinhos.