Visita à Casa da Musica

A Casa da Musica foi projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, como parte do evento Porto Capital Europeia da Cultura em 2001 (Porto 2001). Concluída em 2005, rapidamente se tornou num símbolo da cidade.

O edifício tem 3 níveis abaixo do solo e sete acima deste.

 

Ja lá tinha estado anteriormente para assistir a concertos mas fazer uma visita guiada pela Casa da-nos uma perspectiva completamente diferente. A oportunidade surgiu integrando mais uma das atividades culturais do Grupo de pedestreanismo TerraVerde.

Casa da Musica - diferentes espaços da Casa

 Um dos foyers da Casa. Ambos situados nos dois topos da sala suggia com grandes paredes de vidro que se abrem sobre a cidade. Recebem eventos de media dimensão, como pequenos concertos, instalações, conferencias, cocktails e jantares.

uma parede com isolamento em esponja

 ...com vistas para a sala de concertos Cybersala, uma sala com condições sonoras privilegiadas, ideal para fruição de musica amplificada

Casa da Musica - Salas laranja e roxa

 

Ambas as salas vocacionadas para eventos educativos. São espaços acolhedores com ambiente direcionado para atividades jovens

a sala roxa permite vista directa para a sala de concertos

Casa da Musica - Terraço

 

 

O Terraço com tecto de vidro que se abre ao céu, serve de apoio a acontecimentos diversos como conferencias, apresentações publicas ou receções.

Neste momento exibe o gamaleão robótico

Casa da musica - sala VIP

A sala VIP, espaço multifuncional, vocacionado para pequenos grupos, instalações ou ocasiões cerimoniais. O arquiteto prestou homenagem aos azulejos portugueses, aprendida nos Paises Baixos onde cada um dos seus painéis reproduz originais instalados em museus portugueses e holandeses.

Casa da Musica - ultimas vistas

 

 As salas principais sao a Sala Suggia localizada bem no centro da casa da musica com uma área de 1100m2 e a Sala 2 - a 2ª maior da Casa que se caracteriza pela polivalência, com piso plano sem cadeiras fixas e tem cerca de 320m2.

A Casa tem ainda outros espaços como a Sala renascença (com azulejos azuis e verdes) – ponto de circulação de pessoas, canaliza as pessoas para as salas laranja, o Foyer Poente e a sala Cibermusica.

No ultimo piso da casa está situado um restaurante que não pudemos visitar

Matosinhos: 10 freguesias. 10 visitas - Lavra

Decorreu como é habitual no primeiro domingo de cada mês, mais uma visita a uma das 10 freguesias de Matosinhos, desta vez à freguesia de Lavra, orientada pelo arqueólogo e historiador, Dr Joel Cleto

Esta é a maior freguesia em termos de território e a que tem  vestígios arqueológicos mais antigos. Tem como orago O Salvador.

Depois de reunidos no ponto de encontro em frente à Junta de freguesia, fizemos a primeira pausa junto do busto  de homenagem a José Domingos dos Santos, filho de ricos lavradores desta freguesia. Foi estudar direito para Coimbra e desenvolveu intensa atividade política no movimento republicano, chegando a 1º Ministro em 1924

 ....mesmo por trás do busto encontra-se a Igreja de Lavra para onde nos dirigimos a seguir

Lavra - Igreja

Igreja de Lavra, datada de 1721 veio ampliar uma outra ja existente. 

O altar-mor tem azulejos datados do sec XVI.

Esta igreja te a particularidade de não ter entrada voltada a poente e o altar-mor localizado a nascente como é habitual e ser exatamente ao contrario (diz a lenda que foi obra dos bois ali deixados que durante a noite a voltaram ao contrário...)

Lavra - Museu

..mesmo ao lado do cemitério  um dos mais antigos do concelho, encontramos inúmeros vestígios arqueológicos, nomeadamente uma antela que serviu de passagem numa ponte (daí se apresentar parcialmente polida) ou esta sepultura cristã visigótica

O Museu encontra-se atualmente integrado na Rede MUMA (Museus de Matosinhos)

Lavra - vestígios de épocas antigas

Aqui, por trás da Igreja, foram encontrados vestígios que remontam à idade do bronze

Lavra tem no entanto maior protagonismo na época romana

... seguimos viagem até à praia onde é possível encontrar vestígios dessa época

Lavra - os tanques

Esta é uma réplica dos mais de 40 tanques que se encontram encobertos pelo areal e pela água, e que serviam para produção de conserva. Os tanques originais forma considerados monumento nacional (pela sua raridade geográfica, a norte, e pelo material em que foram constituídos, ou seja a rocha natural em que foram escavados).

O historiador explica-nos que a conserva aqui produzida era de dois tipos: salsamenta (peixe salgado) e garo (pasta de peixe - atum e cavala) com vinho ou marisco. Esta conserva ficava nos tanques e era depois transportada em ânforas. As mesmas ja vieram a ser encontradas em locais tão distintos como a costa escocesa, a Roménia ou a Turquia, enfim, um pouco por todo o império romano.

...e seguimos a caminho da praia de Angeiras

Lavra - o sargaço da praia

as antigas casas dos moços, onde eram guardadas as ferramentas da agricultura e se vinha apanhar o sargaço para adubar as terras

o historiador, mesmo sobre um conjunto de tanques que a maré deixou a descoberto, explica-nos a sua importância na economia local da época. 

 ...e assim terminou mais uma visita a uma das 10 freguesias de Matosinhos pelo arqueólogo/historiador Joel Cleto